Performance pela companhia Loup Solitaire.
Evento da Secção Oficial da XXVII Festa do Teatro.
A vida e a morte caminham juntas e, no entanto, quando alguém morre, as palavras que conhecemos deixam de fazer sentido. São substituídas por uma partitura de gestos e silêncios.
As palavras são as primeiras a morrer, porque não sabemos falar da morte.,Não sabemos falar da morte, porque temos medo da morte.
Mesmo quando decidimos morrer, temos medo da morte, temos medo do desconhecido.
Perante a morte, somos forçados a inventar uma nova linguagem, o luto atira-nos para um mundo sem tempo e sem espaço.
A tragédia da interrupção brutal da existência impede que o ritual fúnebre se torne numa cerimónia celebrativa da vida.
Não existe diálogo possível com a morte, é uma evidência, apenas as mesmas perguntas sem resposta. Não voltarei mais? Nunca mais? Para onde é que vou? Estará alguém à minha espera? Se sim, quem?
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