Please ensure Javascript is enabled for purposes of website accessibility

Guia de Eventos de Setúbal

Dançando na proa do Mundo
compasso

Dançando na proa do Mundo

julho 2025

O Ser Humano sempre se desafiou, ao longo da História, em prol de ideais e da arte.

Uma Bailarina francesa dançou numa proa de navio, durante viagem pela Antártida.

A performance foi realizada pela bailarina e coreógrafa Victoria Dauberville.

Nasceu em 14 de fevereiro de 1996, em Paris, e cedo revelou a sua apetência pela dança, fundando a sua própria companhia, L'Escale Royale.

Surge nos filmes e séries DOT Move (2016), La boîte à questions (2004) and C à vous (2009) e durante os Jogos Olímpicos de Paris, no Ballet x Breaking.

Conhecida desde 2021 pelas suas publicações nas redes sociais, viralizou  dançando nas águas geladas da Antártida, com vários blocos de gelo flutuando ao redor do navio. Mesmo com a movimentação do mar, a bailarina consegue manter-se firme na proa e executar movimentos leves.

Victoria e o namorado, o fotógrafo Mathieu Forget, foram convidados por uma empresa de cruzeiros para fazer uma expedição até a Antártida. Os dois, então, tiveram a ideia de fazer o vídeo. Tudo foi acompanhado e aprovado pelos comandantes do navio. O casal sempre busca levar a dança para lugares novos e não convencionais, disse Forget à BBC.

“A Antártida representou um recomeço – uma página em branco em todos os sentidos. Depois de anos num ambiente tão competitivo como o da dança, senti a necessidade de me reconectar com a criatividade pura e com a natureza”.

“Estava muito frio, e eu estava com um pouco de medo”, revelou a bailarina, numa entrevista. “Neste momento, entendi a função do artista em criar uma história real sobre a realidade.”

Já Forget afirmou que a ideia foi mostrar um contraste entre a fragilidade da dança e da própria Antártida em um ambiente severo.

A gravação gerou dúvidas nas redes sociais sobre o uso de Inteligência Artificial para a produção do vídeo. A repercussão fez com que a bailarina fizesse uma nova publicação mostrando os preparativos da dança.

“Foi uma verdadeira colaboração de amor, um tributo ao ambiente frágil da Antártida, exibindo beleza e poesia”, refere Forget.

Sónia Ribeiro

Bailarina, Coreógrafa e Professora de Dança