Breaking ou Breakin é a junção de vários estilos de dança, com movimentos acrobáticos originários nos meados dos anos 70, no Bronx (U.S.A.), por alguém que se identifica e vive a cultura Hip Hop. São designados por B-Boy / B-Girl ou breakers. O termo Breakdance, foi criado comummente pelos Média, a partir dos anos 80, não sendo o termo correto, mas sim Breaking ou Breakin.
O Comité Olímpico Internacional anunciou que irá integrar provisoriamente o Breaking, Skateboard, Escalada e Surf nos novos desportos nos Jogos Olímpicos de Paris em 2024, sob a égide de integrar um movimento mais urbano a estes jogos. A decisão final será conhecida em finais de dezembro 2019/janeiro 2020.
Os B-Boys/B-Girls estão confusos, pois consideram o Breaking como uma forma de arte e questionam quem organiza; quem é o júri; como são os regulamentos? A título de curiosidade, no Canadá (Toronto), ponderam se o integram ou não neste evento.
Por outro lado, vários B-Boys/B-Girls focam-se no mediatismo que poderá trazer e no aumento do número de praticantes.
Nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2018, Buenos Aires, o Breaking fez parte, e foi utilizado um “Sistema de Valores Trivium” em que o Júri avaliou os competidores em qualidades físicas; interpretativas e artísticas. Foram faseadas em performances individuais, rondas de battles 1x1 e uma ronda final com os 4 melhores competidores.Se for aceite o Breaking nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, como irá ser regulamentado/codificado o sistema de avaliação pelo júri?Se esta transição acontecer naturalmente, abrirá novos horizontes para que outros estilos de dança sejam incluídos nos Jogos Olímpicos?Os que argumentam que a Dança é um desporto referem-se à necessidade de os bailarinos terem força, resistência e flexibilidade excecionais. Os que defendem que é uma forma de arte referem-se à capacidade de exibir emoções, retratar personagens e contar histórias através da música e da dança.
Sónia RibeiroBailarina, coreógrafa e professora de dança