As memórias e as marcas históricas dos laços que unem a Península Ibérica ao continente americano estão espalhadas por várias cidades e Setúbal não é exceção.
No longínquo século XV, Portugal e Espanha disputavam entre si a posse das terras já descobertas, sobretudo na costa africana, mas também dos territórios ainda desconhecidos no Atlântico.
A situação agravou-se quando Cristóvão Colombo, julgando-se a caminho da Índia, chegou à América, em 1492, o que levou os monarcas portugueses e espanhóis a procurarem um entendimento. O acordo ficou consagrado no Tratado de Tordesilhas, ratificado por D. João II, a 5 de setembro de 1494, no Convento de Jesus, em Setúbal.
Em homenagem aos homens que conduziram expedições além-mar durante a época dos Descobrimentos, há um monumento ao navegador que, simbolicamente, aponta para o mar na direção das terras descobertas, muitas delas no continente americano.
É do outro lado do Atlântico, em Salvador da Baía, Brasil, que há um templo católico com uma ligação especial a Setúbal. A famosa Igreja de Nosso Senhor do Bonfim foi construída para albergar uma réplica da imagem religiosa que foi levada da setubalense Capela do Bonfim para Terras de Vera Cruz.
E porque a gastronomia também dá a conhecer a história e a identidade dos povos, os setubalenses podem encontrar um pedaço do México na Rua Praia da Saúde, no restaurante El Chupa Cabra.