Gregório Duvivier tem na língua portuguesa não somente uma pátria, mas uma obsessão. Ou, como dizem os jovens, um hiperfoco. Afinal, a palavra é uma fonte inesgotável de humor desde os primórdios.
No Princípio era o Verbo, disse Deus. E logo em seguida vieram os erros de concordância. O mesmo Deus disse: Faça-se a Luz. Mas disse “pra quem”? E “por que”?
O espetáculo mistura stand up comedy com poesia falada e uma dramaturgia que costura tudo.
Stand up poetry? Linguistic comedy? Como preferir. Gregório prefere na nossa língua: Comédia Poética.
Dirigido pela atriz Luciana Paes, Gregório descobre o poder da fala e nos lembra que o homem nada mais é do que um macaco que fala – e todas as outras diferenças derivam disso.