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Guia de Eventos de Setúbal

A Dança e a Escultura
compasso

A Dança e a Escultura

maio 2019

O Deus Hindu tem várias formas de representação, mas a mais familiar é uma figura a dançar, rodeada de um círculo de Fogo, conhecido como Shiva Nataraja, Deus da Dança. Uma imagem muito exibida em Templos, Museus, Restaurantes, Festivais e lojas pelo seu significado iconográfico e misterioso.

E, desta forma, começamos por apresentar a Escultura, aliada à temática da Dança.

“Dancing Girl” é uma escultura feita em bronze, com 10.8 cm, encontrada Mohenjo-Daro, no Paquistão, com 4500 anos de existência. Retrata uma Mulher em Pose, de forma ritual, seguindo as tradições da antiga civilização mesopotâmica. Pode ser admirada no Museu Nacional, em Nova Deli.

No período Grego podemos encontrar escultura feita de terracota, como “Bacante a Dançar”, 3000 a.C. em Taranto, bem como materiais como o mármore “Ninfas Dançando numa Cratera de Mármore”, exposta no Museu Arqueológico de Atenas, ou a “Estatueta de Bronze de um Dançarino Mascarado”, exposta em New York, no Metropolitan Museum of Art.

A Idade Média apresenta-nos temáticas de cariz religioso, mas a escultura em dança pode ser encontrada na Índia e na China, através da Religião Hindu e de Shiva Nataraja.

A partir de 1890, a dança assume uma forma de arte revolucionária e com novos códigos de entretenimento e Rodin inspira-se na visita do Cambodian Royal Ballet a Paris e esculpe excecionais figuras, focando a sua atenção para todas as formas de Dança (etnográfica, oriental, cabaret, contemporâneo).

Podemos encontrar, no Museu Rodin, “Pas de Deux” (1911) ou “Mercúrio com Vestes” (1900–10), a título de exemplo.

No século XX, Paul Landowski, escultor francês conhecido pelo Cristo Redentor, no Monte Corcovado (Rio de Janeiro, Brasil), tem como primeiros trabalhos a temática humana, da qual a “Bailarina com as serpentes” faz parte.

Em Portugal, Lisboa, podemos encontrar, no Parque da Nações, “Rizoma” (2014), de Antony Gormley. Em Viana do Castelo, na avenida principal, um casal a executar danças tradicionais do Norte de Portugal (“Folclore”, 2018) e, no Algarve, Quinta dos Vales, “Dancing Women”, do escultor Karl Heinz.

 

Sónia Ribeiro

Bailarina, coreógrafa e professora de dança